Relógio Humano

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Produtores rurais visitam área experimental do Projeto Biomas na Amazônia em Marabá que prova a importância ambiental da árvore e ajuda na preservação da água

Produtores rurais visitam área experimental do Projeto Biomas na Amazônia em Marabá que prova a importância ambiental da árvore e ajuda na preservação da água



 Dia 19,mais de 150 produtores rurais e aproximadamente 30 técnicos e agrônomos visitaram a área experimental do Projeto Biomas na Amazônia.  Este foi o segundo Dia de Campo realizado pelos pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental para mostrar experimentos implantados na região.  O Projeto Biomas é realizado pela CNA em parceria com a Embrapa.

“É um ato de coragem implantar um projeto que testa diversos tipos de árvores na Amazônia, pois aqui temos árvores imensas. Mas o Projeto Biomas tem esse propósito brilhante: mostrar o quanto a árvore é importante e pode trazer benefícios para a propriedade rural”, disse Adriano Venturieri, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, na abertura do Dia de Campo.

O Assessor Técnico do SENAR/PA, em Marabá, Virgílio Camargo, também participou do Dia de Campo do Projeto Biomas na Amazônia. “Em nome do Presidente da FAEPA, Carlos Xavier, reafirmo o nosso apoio aos pesquisadores que vem trazendo pesquisa e inovação tecnológica para a nossa região”.

Além de recursos econômicos, as pesquisas tem o propósito de reafirmar a importância ambiental da árvore. “É de vital importância a existência de árvores para auxiliar na preservação dos recursos que são fundamentais na propriedade rural, como a água”, afirmou Alexandre Mehl Lunz, Coordenador do Projeto Biomas na Amazônia.

O Secretário Executivo do Instituto CNA, Og Arão, explicou que o Sistema CNA/SENAR está empenhado em fazer com que as informações sobre o desenvolvimento das pesquisas cheguem  ao produtor rural.

A área experimental do Projeto Biomas na Amazônia fica localizada na Fazenda Cristalina, há 100 quilômetros de Marabá, no Pará. Lá foram implantados 22 experimentos e 6 deles já apresentam resultados significativos, que geraram  interesse dos produtores rurais que visitaram o local.

Adubação verde pode aumentar produtividade agrícola no Amazonas


Diego Cardoso, agrônomo e produtor rural

“Eu tenho buscado opções de adubação verde e conhecer o trabalho desenvolvido pelo Projeto Biomas é um grande privilégio”, disse Diego Cardoso, agrônomo e produtor rural, que participou do Dia de Campo do Projeto Biomas na Amazônia.
Diego nasceu e estudou em Pernambuco. Ele produz feijão, milho e melancia, na região de Petrolina, no Vale do São Francisco. “Vim para este Dia de Campo conhecer o que a Embrapa está desenvolvendo aqui. No Vale do São Francisco temos terra boa e água, mas para evitar qualquer tipo de poluição do rio, tenho investido em alternativas para a nutrição do solo e o projeto da pesquisadora Débora é muito esclarecedor. É uma forma diferente de pensar nas pequenas produções e no futuro”, conclui Diego.

O produtor rural pernambucano se referia à apresentação da pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Débora Veiga de Aragão. Ela apresentou resultados do experimento intitulado “Adubação verde para recuperação da produtividade agrícola”.

Em uma área da Fazenda Cristalina, a pesquisadora Débora e sua equipe de técnicos plantaram guandu, um tipo de feijão muito comum na região norte e nordeste do Brasil. “O guandu promove a fixação biológica de nitrogênio no solo, uma das tecnologias muito utilizadas na Agricultura de Baixo Carbono. Com o plantio e colheita correta do guandu, evitamos o uso de insumo externo  e produzimos a biomassa verde. O guandu deixou o solo preparado para receber as mudas de pau preto, andiroba e castanha.  Essas espécies tem grande apelo comercial e vai gerar ganhos econômicos e ambientais para o produtor ”, explicou.

No Dia de Campo do Projeto Biomas da Amazônia, o pesquisador da Embrapa Agrobiologia Seropédica do Rio de Janeiro,  Alexander da Silva Resende, apresentou o projeto intitulado “Recuperação de voçorocas em áreas rurais”.

Ele explicou que, no Rio de Janeiro, na Região do Vale do Paraíba, foram mapeadas 154 voçorocas. Esse mapeamento gerou procedimentos que também poderiam ser implantados na região da Amazônia. “A Fazenda Cristalina fica muito próxima à Transamazônica, a famosa estrada que corta toda a região norte do País. Provavelmente, na construção da estrada, muita terra foi retirada daqui da fazenda, para ajudar na pavimentação. Acontece que com o passar dos anos e as chuvas, formaram-se muitas erosões perto da estrada. Fizemos várias barreiras e conseguimos conter a água, reduzir seu impacto sobre o solo. Descobrimos que do outro lado da estrada, existe uma nascente. Um ano após implantar as barreiras de contenção da água da chuva, a nascente tem muito mais água e a vegetação à sua volta melhorou consideravelmente. Sem querer, protegemos a nascente e recuperamos o solo dessa parte da Fazenda Cristalina”, contou o pesquisador.

O produtor rural Laudemir Carlos Dalagnon ouviu atentamente a palestra do pesquisador Alexander e já sabe o que fazer em sua propriedade, onde cria gado, produz grãos e madeira. “Vou conseguir conter a erosão que tem insistido em permanecer em uma parte da minha propriedade.  O pesquisador nos ensinou a usar material barato como bambu e sacos de ração para fazer as barreiras de contenção da chuva. Com isso, vou conseguir conservar melhor o solo. Não é só uma questão de produção. Temos uma preocupação grande com o meio ambiente. Estamos conscientes de que precisamos preservar o que temos hoje para evitar problemas no futuro”, comentou.

Sobre o Projeto Biomas
O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos.

Os estudos estão sendo desenvolvidos nos 6 biomas brasileiros para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas.

O Projeto Biomas tem o apoio do SENAR, SEBRAE, Monsanto e John Deere. Na Amazônia, o Projeto Biomas conta com o apoio da Embrapa Amazônia Oriental, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – UNIFESSPA, Instituto Federal de Ciências e Tecnologias do Pará, EMATER-PA, Ideflor-Bio, Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA, Universidade do Estado do Pará.

 Fonte:Coordenação de Comunicação Digital da CNA

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Cleiton Palmeira.